Boletim Meteorológico #13
Finalmente, percebi o porquê destes dias estivais em pleno Outono: é para contrastar com o Inverno da nossa economia (e do nosso descontentamento).
Finalmente, percebi o porquê destes dias estivais em pleno Outono: é para contrastar com o Inverno da nossa economia (e do nosso descontentamento).
O Dexia não era, há uns tempos atrás e de acordo com os testes de stress, uma maravilha?! Se calhar, saídos os resultados, a gestão do banco desatou a comprar dívida grega. Um pouco como aquelas pessoas que passam a comer um bolo por dia para comemorar o facto da Tanita lhes ter dito que estavam com menos 15% de massa gorda. Ou, então - hipótese que eu coloco muito remotamente! -, os testes de stress não valem nada. Será?!...
É os gestores das empresas públicas de transportes colectivos terem direito a viatura privada.
Não sei se é por a imagem da República ser uma senhora claramente em trajes menores, mas qualquer pessoa que tenha visto 5 minutos do canal Parlamento percebe que a Assembleia da República não é o lugar do país onde mais se pratica a elegância. Por exemplo, dizer "Manso é a tua tia, pá" não me parece coisa que se faça no segundo órgão de soberania nacional. Fazer cornos a um deputado, então, seria impensável. Mas, quando achamos que já vimos tudo, eis que o tema de debate de hoje no Parlamento será "o meu buraco é mais pequeno que o teu"...
Custa-me a compreender como é que se dá tanta credibilidade às agências de rating quando uma delas assume que é de luas e a outra oscila entre o padrão e o pobre.
Há certas histórias que, mal começaram, já se lhes adivinhamos o fim. Os livros do Júlio Dinis são um bom exemplo disso: acho que à quinta página d' Os Fidalgos da Casa Mourisca já tinha percebido os amores e desamores que iriam ser relatados nas restantes 435 páginas. A história da moeda única não será assim tão óbvia, mas os sinais estavam lá para o cidadão observador (tal como estavam para o leitor atento d' Os Maias).