Senha 272
[Idas a serviços públicos são sempre altamente inspiradoras...]
Entro na estação de correios da Av. Zarco, no Funchal. À porta tirei a senha-aguarde-a-sua-vez. Tem o número 272: ainda vou ter de esperar. Trago na mão a encomenda a expedir, mas não tenho envelope. Peço, delicadamente, a um funcionário que me dê o dito, para que, durante o tempo de espera, possa ir preenchendo os dados necessários (nomeadamente, a morada do destinatário). Mas ele recusa-se. Prefere deixar-me em actividade contemplativa. E obrigar-me a fazer outros esperar quando, ao surgir o 272 em luminoso vermelho, ainda tiver de escrever no envelope. Talvez pelo prazer de me gritar um Ó-menina-podia-trazer-isso-já-escrito. Custa ser eficiente neste país!